O jejum de Ester foi um jejum de três dias que Ester e todos os judeus da cidade de Susã realizaram. Ela fez esse jejum para se preparar para salvar seu povo. Ester corria risco de vida mas, se não fizesse nada, todo seu povo iria morrer.
A história do jejum de Ester
Ester era uma jovem judia que se tornou rainha quando casou com Xerxes, o rei da Pérsia. Ela tinha um primo chamado Mardoqueu, que a tinha criado como filha quando seus pais morreram. Mas Ester não contou ao rei nem a ninguém que ela era judia
Ester 2:10
Ester, porém, não declarou o seu povo e a sua parentela, porque Mardoqueu lhe tinha ordenado que o não declarasse.
Mardoqueu tinha um inimigo chamado Hamã, que era o príncipe mais poderoso da Pérsia. De tanto que odiava Mardoqueu, Hamã decidiu matar todos os judeus! Ele obteve o apoio do rei e passou um decreto para exterminar os judeus em uma data marcada.
Quando Mardoqueu ouviu sobre o decreto, ele enviou uma mensagem a Ester, pedindo que ela fosse falar com o rei, para impedir a matança. Mas Ester estava com medo porque ninguém podia se aproximar do rei em seus aposentos sem permissão e ele não estava muito interessado nela nessa altura
Ester 4:10-11
Então falou Ester a Hatá, mandando-o dizer a Mardoqueu:
Todos os servos do rei, e o povo das províncias do rei, bem sabem que todo o homem ou mulher que chegar ao rei no pátio interior, sem ser chamado, não há senão uma sentença, a de morte, salvo se o rei estender para ele o cetro de ouro, para que viva; e eu nestes trinta dias não tenho sido chamada para ir ao rei.
Se ela fosse lá, o rei poderia ordenar sua execução!
Por outro lado, se Ester não fosse, todo seu povo seria morto. E nada garantia que ela iria escapar
Ester 4:13-14
Então Mardoqueu mandou que respondessem a Ester: Não imagines no teu íntimo que, por estares na casa do rei, escaparás só tu entre todos os judeus.
Porque, se de todo te calares neste tempo, socorro e livramento de outra parte sairá para os judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para tal tempo como este chegaste a este reino?
A escolha era difícil e qualquer decisão era perigosa. Por isso, Ester decidiu jejuar antes de ir falar com o rei.
Terminado o jejum, Ester falou com o rei e sua vida foi poupada. E mais: quando descobriu que era o povo de Ester que iria ser destruído, o rei mudou a situação. Um novo decreto foi escrito e, em vez de serem exterminados, os judeus mataram muitos de seus inimigos! Hamã também foi morto e Mardoqueu foi promovido pelo rei. Tudo terminou bem para Ester!
Como foi o jejum de Ester?
Quando decidiu jejuar, Ester convocou todos os judeus de sua cidade para se unirem a ela nesse propósito. Ester, suas criadas, Mardoqueu e todos os judeus de Susã passaram três dias sem comer nem beber nada
Ester 4:15-16-17
Então disse Ester que tornassem a dizer a Mardoqueu:
Vai, ajunta a todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais nem bebais por três dias, nem de dia nem de noite, e eu e as minhas servas também assim jejuaremos. E assim irei ter com o rei, ainda que não seja segundo a lei; e se perecer, pereci.
Então Mardoqueu foi, e fez conforme a tudo quanto Ester lhe ordenou.
O jejum de Ester foi um jejum mais radical, que só deve ser feito, no máximo, por três dias. Ficar mais tempo sem comer nem beber é muito perigoso para a saúde. A situação de Ester era muito grave, e pedia medidas drásticas! Sendo judia, Ester também teria experiência de jejuar. Ela saberia como tomar cuidado para não causar danos à sua saúde.
Ester e todos que participaram do jejum provavelmente passaram muito desse tempo em oração, pedindo por livramento. Esse jejum não era um simples pedido por vitória na vida, era um clamor a Deus para mudar uma situação extremamente perigosa. O jejum de Ester foi uma forma de mostrar dependência total em Deus, o único que poderia salvar sua vida.
A Bíblia afirma que Jesus ressuscitou ao terceiro dia
Lucas 18:33
E, havendo-o açoitado, o matarão; e ao terceiro dia ressuscitará.
Esse “terceiro dia”, à luz dos textos bíblicos, foi o primeiro dia da semana, isto é, o domingo
Marcos 16:1-2
E, passado o sábado, Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem ungi-lo.
E, no primeiro dia da semana, foram ao sepulcro, de manhã cedo, ao nascer do sol.
Mas muitas pessoas ficam em dúvida sobre como Jesus ressuscitou ao terceiro dia se ele morreu na sexta-feira.
Além disso, essas pessoas ainda apontam uma passagem bíblica em particular para tentarem afirmar que jamais Jesus poderia ter sido crucificado numa sexta-feira e ressuscitar num domingo. A passagem em questão é aquela em que o Senhor Jesus recorre ao sinal do profeta Jonas e diz: “Pois como Jonas esteve três dias e três noites no ventre do monstro marinho, assim também o Filho do homem estará três dias e três noites no coração da terra”
Mateus 12:40
Pois, como Jonas esteve três dias e três noites no ventre da baleia, assim estará o Filho do homem três dias e três noites no seio da terra.
No entanto, para os judeus, uma vez que um onah era iniciados, considerava-se um onah inteiro. Em outras palavras, uma parte de um dia era como o total dele para fins de contabilização.
Isso ajuda a entender a declaração de Jesus de que Ele ficaria no coração da terra durante três dias e três noites. Nesse sentido, a expressão “três dias e três noites” era uma expressão idiomática usada pelos judeus não com o objetivo de se referir ao período exato de 72 horas — três dias e três noites inteiros —, mas com o objetivo de se referir a três unidades de tempo.
Jesus ressuscitou ao terceiro dia
Por isso podemos dizer que expressões como: “ao terceiro dia”, “no terceiro dia”, “depois de três dias” e “três dias e três noites”, significam a mesma coisa e são usadas na Bíblia de forma intercambiável.
Por exemplo: em certa ocasião Jesus disse que “depois de três dias” ressuscitaria Marcos 8:31
E começou a ensinar-lhes que importava que o Filho do homem padecesse muito, e que fosse rejeitado pelos anciãos e príncipes dos sacerdotes, e pelos escribas, e que fosse morto, mas que depois de três dias ressuscitaria.
Em outra ocasião Ele disse que ressuscitaria “ao terceiro dia”
Mateus 17:22-23
Ora, achando-se eles na Galiléia, disse-lhes Jesus: O Filho do homem será entregue nas mãos dos homens;
E matá-lo-ão, e ao terceiro dia ressuscitará. E eles se entristeceram muito.
Quando os líderes judeus falaram a Pilatos sobre a promessa da ressurreição, eles disseram que Jesus tinha prometido ressuscitar “depois de três dias”, e pediram que o sepulcro fosse guardado até “ao terceiro dia” Mateus 27:62-63-64
E no dia seguinte, que é o dia depois da Preparação, reuniram-se os príncipes dos sacerdotes e os fariseus em casa de Pilatos,
Dizendo: Senhor, lembramo-nos de que aquele enganador, vivendo ainda, disse: Depois de três dias ressuscitarei.
Manda, pois, que o sepulcro seja guardado com segurança até ao terceiro dia, não se dê o caso que os seus discípulos vão de noite, e o furtem, e digam ao povo: Ressuscitou dentre os mortos; e assim o último erro será pior do que o primeiro.
O erro de muitas pessoas é entender as expressões “ao terceiro dia”, “no terceiro dia” ou “depois de três dias” como que significando “após o terceiro dia”. De fato, “após o terceiro dia” equivale ao quarto dia, e não mais ao terceiro dia. Inclusive, no
Antigo Testamento há várias referências que indicam que nem sempre o terceiro dia era um dia inteiro
Ester 4:16-17
Vai, ajunta a todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai por mim, e não comais nem bebais por três dias, nem de dia nem de noite, e eu e as minhas servas também assim jejuaremos. E assim irei ter com o rei, ainda que não seja segundo a lei; e se perecer, pereci.
Então Mardoqueu foi, e fez conforme a tudo quanto Ester lhe ordenou.
Gênesis 42:17-18
E pô-los juntos, em prisão, três dias.
E ao terceiro dia disse-lhes José: Fazei isso, e vivereis; porque eu temo a Deus.
1Samuel 30:12,13
Deram-lhe também um pedaço de massa de figos secos e dois cachos de passas, e comeu, e voltou-lhe o seu espírito, porque havia três dias e três noites que não tinha comido pão nem bebido água.
Então Davi lhe disse: De quem és tu, e de onde és? E disse o moço egípcio: Sou servo de um homem amalequita, e meu senhor me deixou, porque adoeci há três dias.
2 Crônicas 10:5,12
E ele lhes disse: Daqui a três dias voltai a mim. Então o povo se foi.
E tomou Roboão conselho com os anciãos, que estiveram perante Salomão seu pai, enquanto viveu, dizendo: Como aconselhais vós que se responda a este povo?
E eles lhe falaram, dizendo: Se te fizeres benigno e afável para com este povo, e lhes falares boas palavras, todos os dias serão teus servos.
Porém ele deixou o conselho que os anciãos lhe deram; e tomou conselho com os jovens, que haviam crescido com ele, e estavam perante ele.
E disse-lhes: Que aconselhais vós, que respondamos a este povo, que me falou, dizendo: Alivia o jugo que teu pai nos impôs?
E os jovens, que com ele haviam crescido, lhe falaram, dizendo: Assim dirás a este povo, que te falou: Teu pai agravou o nosso jugo, tu porém alivia-nos; assim, pois, lhe falarás: O meu dedo mínimo é mais grosso do que os lombos de meu pai.
Assim que, se meu pai vos carregou de um jugo pesado, eu ainda aumentarei o vosso jugo; meu pai vos castigou com açoites, porém eu vos castigarei com escorpiões.
Veio, pois, Jeroboão, e todo o povo, ao terceiro dia, a Roboão, como o rei havia ordenado, dizendo: Voltai a mim ao terceiro dia.
O profeta Jonas e o grande peixe
Após ser lançado ao mar pelos marinheiros da embarcação em que estava viajando, o profeta Jonas foi engolido por um grande peixe que o Senhor providenciou. Jonas ficou no ventre do peixe durante três dias e três noites
Jn 1:-16-17
Temeram, pois, estes homens ao Senhor com grande temor; e ofereceram sacrifício ao Senhor, e fizeram votos.
Jonas então orou a Deus em forma de um cântico de ação de graças, e Deus ordenou que o peixe vomitasse o profeta em terra firme, talvez em uma praia distante da costa da Síria. Muito têm se discutido acerca desse grande peixe que engoliu o profeta Jonas. Alguns defendem a ideia de ter sido uma baleia, enquanto outros reprovam essa possibilidade.
Na verdade, de fato não precisa necessariamente ter sido uma baleia. Poderia ter sido um grande tubarão, como o próprio tubarão-baleia que atinge um tamanho enorme e não possui os dentes terríveis de outras espécies de tubarão.
O termo original em hebraico significa apenas “grande peixe” e o termo usado em grego na Septuaginta é um termo genérico para “mostro do mar”, “criatura marítima” ou “peixes de grande tamanho”. Seja como for, o correto é que esse episódio se refere a algo sobrenatural que ocorreu para que o propósito de Deus fosse cumprido.